Matéria publicada no Estadão discute dados de estudo recente por cientistas do Centro Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE). Os pesquisadores testaram 238 amostras de doadores de sangue recorrentes não vacinados. Os autores inferem que 16,9% (95% IC[9,48%, 28,5%]) de todas as infecções presumidas observadas de 2021 eram reinfecções. Se incluir casos de reinfecções prováveis ou possíveis os números chegam a 25,8% (95 % IC [16,7%, 37,4%]) e 31,0% (95% IC [21,4%, 42,5%]), respectivamente.

O CDC reconheceu a importância da transmissão por aerossol no último dia 7 de maio, após meses de dados indicando esse fenômeno. Assim, isso significa que mesmo que um indivíduo esteja a uma distância de 6 pés (1,8 metros) de outra pessoa, existe o risco de se inalar partículas aerossolizadas do vírus. Isso altera a recomendação anterior da agência que afirmava que o a transmissão ocorria apenas por contato próximo, e não por partículas de aerossol. Dessa forma, reforça-se a mensagem da necessidade de boa ventilação, respiradores adequados, e da pouca relevância da transmissão por superfície.